domingo, 12 de setembro de 2010

Preserve a Natureza: a questão do Lixo

A conservação do meio ambiente só será possível se houver uma ampla mudança na cultura e na maneira como os seres humanos se relacionam entre si e com a natureza. Nos centros urbanos, contudo o número de insetos, ratos etc, vem aumentando por efeito da poluição do lixo doméstico.

Mas, afinal, o que é lixo? Lixo pode ser entendido como tudo o que não presta e se joga fora. Assim como, resíduos que resultam de atividades domésticas, industriais, comerciais etc. Porém, nem todo material que se joga fora ou ainda aquele que vai para o lixão municipal, aterros sanitários ou para a beira de rios ou canais é, de fato, lixo.

No Brasil, 76% do lixo produzido nas cidades ou no campo segue para os lixões e não recebem nenhum tipo de tratamento, causando problemas ao meio ambiente, como a contaminação do ar com gases poluentes e dos rios e águas subterrâneas pelo líquido da decomposição do lixo, chamado de chorume. Materiais como papel, plástico, vidro e metais (fazem parte do lixo inorgânico) podem ser separados do lixo doméstico (ou lixo orgânico), num processo chamado de coleta seletiva do lixo.

O lixo pode ser reaproveitado através da reciclagem (processo de transformação do lixo para a criação de produtos novos). Com a reciclagem, há a redução de uma enorme quantidade de lixo que, por falta de tratamento, terminaria contaminando o solo, a água e levando residuos para a atmosfera. A reciclagem é um bom negócio. No caso das latinhas, a utilização do alumínio reciclado representa uma grande redução no custo de fabricação, em relação à extração da sua matéria-prima (bauxita), que é cara e causa impacto ao meio ambiente.

Portanto, a educação ambiental deve ser parte, integrante, do currículo escolar, isto é, "precisaria ser feito sobre as crianças e os jovens, já que os adultos dificilmente mudam seus hábitos já enraizados desde a infância dentro de um ambiente cultural muito próprio de cada grupo humano". É necessário, acreditarmos na participação do jovem com agente de mudança, por sua própria natureza. Assim sendo, devemos entender o meio ambiente como um conjunto de elementos físicos, químicos e biológicos, e fatores sócio-econômicos que afetam os seres vivos e as atividades humanas. Os grandes problemas ambientais começaram a surgir a partir da Revolução Industrial (XVIII).

As alterações no ambiente em determinados contextos históricos foram produzidos pela mão humana. Por isso, teremos de buscar novos valores e atitudes no relacionamento com o meio em que vivemos. A construção de um modelo de civilização, alicerçado na industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho, a mecanização na agricultura, o uso intensivo de agrotóxicos e na concentração populacional nas cidades provocaram alterações no meio ambiente. Para que possamos ter uma ideia das alterações no ambiente, vejamos o caso dos agrotóxicos utilizados nas comunidades rurais. Eles acabam, muitas vezes, envenenando as plantas, o solo, a água e colocam em risco a saúde de trabalhadores rurais e consumidores. Por essa e outras razões, se faz necessário conscientizar os alunos para essa questão e contribuirmos para a formação de cidadãos conscientes de suas responsabilidades com o meio ambiente, isto é, com a melhoria dos ambientes com os quais convivem.

Estamos vivendo uma crise ambiental ou uma crise civilizatória? Os problemas ambientais são ocasionados pelo atual modelo de civilização. Com isso, os problemas sócio-ambientais são inúmeros, por exemplo, os núcleos favelados (as favelas), que devido a inexistência de politicas habitacionais, acaba ocupando encostas de morros, sofrendo desabamentos e enchentes; esgoto a céu aberto; acúmulo de lixo etc.

A natureza pede socorro! Preserve enquanto há temo!

Texto adaptado pelo Prof. José Lima Dias Júnior.

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