quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A banalização dos valores humanos


A cultura, assim como as relações sociais nos orienta e regula a nossa conduta, estabelecendo normas e valores para as coisas. A nossa maneira de ser e de viver está condicionada pela estrutura da sociedade em que vivemos. É através da sociabilidade que definimos da sociabilidade que definimos nossa identidade. Mas, ultimamente, a mídia vem estimulando a vulgaridade e o erotismo.

As pseudo-cantoras de Funk, com suas coreografias deprimente, além das bandas de forró eletrônico do Nordeste, expressam a futilidade e o consumismo produzido pela sociedade. A indústria fonográfica passou a "verbalizar o erotismo", tudo isso com um objetivo comercial, faturar milhões de reais. As letras das músicas enfatizam uma linguagem rasteira e absurda. Os indivíduos se lançam na busca de satisfazer seus desejos. Desprovidos da criticidade, de saber filtar da realidade as impurezas culturais, as pessoas mergulham na vulgaridade.

Fracos, culturalmente, tornam-se presas facéis e utéis àqueles que detém o poder. Ideologicamente, vêm sendo manipulados pelos meios de comunicação. Segundo o Prof. Alípio de Sousa Filho/UFRN: "A Filosofia e a Ciência não tem mais lugar na sociedade, em seu lugar, temos os meios de comunicação de massa, vulgarizando temas e opiniões".

A TV através de seus signos mutiplos ( a Tiazinha, a Feitiçeira, as Sheilas do 'É O Tchan', a Mulher Melancia, a Mulher Moranguinho, a Mulher Samanbaia etc), constitui a manifestação erótica em conexão com as tele-novelas, mini-séries, programas infanto-juvenis e filmes com cenas picantes e apelativas em horário nobre. A expressão artística é posta da lado, entrando em cena a promiscuidade e o sexo, quase explicíto. A coreografia e a linguagem musical dos grupos de axé music estabelecem uma comunicação nitidamente "erótica" entre o telespectator e o(a) contor(a). Nesse sentido, a mídia não possibilita ao indivíduo um ser intelectivo, racional, capaz de fazer apreciações críticas acerca do que a nossa sociedade de consumo produz.

A nocão de perversão cristalizou-se no inconsciente coletivo. Pela internet, já possui ver cenas de sexo explicíto ao vivo, os pedofilos espalham seus "site nocivos" com extrema sublimação dos eus impulsos sexuais. Afinal, o que devemos fazer? Afastar nossos filhos dessa desenfreada pornografia virtual, desligar o computador, mudar o canal da Tv ou vamos fingir que tudo está normal e estimular a desordem erótica.

Não podemos deixar que os agentes culturais da promiscuidade gratuita permaneçam invulneráveis aos controles e leis sociais. Contudo, as condutas individuais ou de um grupo são moldadas para servir aos interesses alheios. Não podemos aceitar uma subcultura que é produzida com o propósito de corromper a decência e os valores ético e moral do ser humano.

Os meios de comunicação são narcotizantes. Por exemplo, nos comerciais da Tv, a mulher é sempre mostrada como um objeto. A propaganda dos fabricantes de cervejas de forma apelativa institui a exteriorização da sensualidade. Entretanto, a exploração so sensual determina comportamento, alterando os valores na vida social. A nudez, o sexo e à pornografia estão cristalizadas no imaginário das crianças. Todavia, a criança é o receptáculo desse erotismo produzido pela mídia.

Em decorrência do fenômeno da industrialização passou-se a produzir uma cultura de massa destinada a atingir um público infinitamente maior. Consumidor do besteirol, da ignorância e da alienação. Com o advento da indústria cultural, a comercialização e o lucro se transformaram em objetivos prioritários de um sistema quantitativo economicamente.

Não podemos chamar a programação das TV'S brasileiras (algumas!) de evolutivas. A televisão é um instrumento entopercente. Mas, se a evolução é um processo contínuo, impossível é saber onde a TV, isto é, a MÍDIA nos levará?


texto produzido pelo Prof. Lima Júnior (E.M.G.M.)

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