sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mensagem de Natal
Gostaria de desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo aos colegas de trabalho, equipe de apoio, direção e supervisão, e, em especial aos queridos alunos da E.M.Genildo Miranda.

Prof. Lima Júnior

____________________________________


Aluno(a),
Todos os dias deste ano,
Você esteve presente.

Fazendo-me sorrir quando eu mais queria chorar.
Todas suas palavras confortaram
Meu coração quando eu mais precisei.

E é com todo carinho que desejo
Tudo de bom na sua vida,
Um Natal repleto de alegrias.

E que todos seus sonhos se tornem realidade neste
E em todos os Natais que ainda virão.

Um forte abraço. E Feliz Natal!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

PROBLEMA - MARATONA

Um pequeno caminhão pode carregar 50 sacos de areia ou 400 tijolos. Se foram colocados no caminhão 32 sacos de areia, quantos tijolos pode ainda ele carregar?

Fonte: http://www.somatematica.com.br/desafios

Prova de Fogo - Uma História de Vida

Akeelah tem apenas 11 anos, mas um incrível talento com as palavras. Admirado com esse dom, o diretor de sua escola a inscreve num concurso regional de soletração e faz com que ela seja treinada por um professor com PhD em literatura, Dr. Larabee (Laurence Fishburne). Enfrentando a objeção de sua mãe, o ciúme de sua melhor amiga, as diferenças sociais e as dificuldades no relacionamento com o professor, Akeelah vai passando por todas as etapas do concurso, até ser classificada para a grande prova de fogo de sua vida - a final nacional em Washington.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dia do Funcionalismo Público


Ser servidor público, como o próprio nome sugere, é estar a serviço do povo. Um trabalho que exige compromisso e intensa dedicação.
Hoje, dia do Funcionalismo Público, queremos parabenizar aos servidores que contribuem, com eficiência e zelo, na realização das atividades no GENILDO MIRANDA.
Neste dia especial, agradecemos o empenho de todos aqueles que, através de seu trabalho, dão o máximo de si para tornar o dia a dia em nossa escola cada vez melhor.


28 de novembro Dia do Funcionalismo Público

PARABÉNS!!!!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz Dia dos Professores

"A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria."
                                                                             Paulo Freire

"Um bom mestre tem sempre esta preocupação: ensinar o aluno a desenvencilhar-se sozinho".
                                                                             André Gide

Que esse dia seja repleto de realizações para todos aqueles que abraçaram uma causa tão sublime como a de educar e professar o conhecimento.

Um grande abraços a todos os professores da Escola Municipal Genildo Miranda.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Desfile de 7 de setembro de 2011

Patricia e Luis Vitorino (Prof. Educ. Física)

Mais uma vez participamos do desfile de 7 de setembro e como das participações anteriores fizemos bonito. A aluna Patricia Valentim representou muito bem a nossa escola e foi uma das porta-bandeiras da ala MEIO AMBIENTE. 
Os Porta-Bandeiras

As escolas da Rede Municipal de Educação abriram o desfile esse ano e este teve inicio por volta das 08:00h. Também participaram do desfile professores, supervisores, Técnicos da GEED e diretores das escolas.
Diretrores das Escolas Municipais

Parabéns a todos e a todas que estiveram envolvidos neste desfile cívico e que contribuíram para tornar um evento tão belo.

Valeu!

domingo, 4 de setembro de 2011

CAIS DOS ESCRAVOS

 Ricardo Westin

Por mais de três séculos, dos primórdios da colônia ao ocaso do império, a economia do Brasil foi sustentada pelos escravos. Os negros vindos da África trabalharam nas lavouras de cana-de-açúcar e café e nas minas de ouro de diamante. O tráfico negreiro, por si só, era um dos setores mais dinâmicos da economia. Os historiadores estima que 4 milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil. Deste total, 1 milhão entrou no país pelo Valongo, um cais construído no Rio Janeiro em 1758 especialmente para receber navios negreiros. Os escravos eram expostos e vendidos em logjas espalhadas pela vizinhança.O Valongo deixou ser por to negreiro em 1831, quando foi proibida a importação de escravos.

Ruínas do Valongo
O Valongo logo foi apagado. Sobre ele, o império construiu o Cais da Imperatriz, para o desembarque da mulher de Pedro II, Teresa Cristina, vinda do Reino das Duas Sicílias. Mais tarde, a república aterrou aquela zona e a cobriu com ruas e praças. O maior porto de chegada de escravos do mundo desapareceu como se nunca houvesse existido. Quase dois séculos depois, o Brasil se vê obrigado a encarar  novamente um dos cenários mais vergonhosos de sua história. Com o objetivo de embelezar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma da decadente zona portuária. Antes de ser realizada qualquer obra urbana em áreas antigas, a lei exige que arqueólogos inspecionam o terreno, para impedir que relíquias enterradas sejam perdidas. Na varredura do subsolo, a quase 2 metros de profundidade, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do Cais do Valongo. É a descoberta arqueológica mais importante da década do Brasil. As ruínas foram localizadas debaixo de uma praça malcuidada entre o Morro da Providência, o Elevado da Perimentral e a Praça Mauá.

O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas, na periferia da cidade. Ao redor funcionavam umas cinquenta "casas de carne", como então se dizia sem constrangimento. No andar de cima desses sobrados viviam os comerciantes coms suas famílias. No andar de baixo, em salões, os escravos ficavam expostos aos interessados. A maioria dos cativos à venda eram crianças e adolescentes. Não convinha a importação de adultos porque eles se mostravam menos resistentes aos maus-tratos -- eram poucos os que sobreviviam além dos 35 anos. "Essa imagem que temos de escravos mais velhos é coisa de Hollywood", explica o historiador Carlos Eurgênio Líbano Soares. No início do século XIX, um escravo custava em média 100 000 réis. Como comparação, uma casa pequena custava 1 conto de réis (o equivalente a dez escravos). Ao governo cabiam 5% de cada transação.

Mercado do Valongo - Rio de Janeiro, gravura de Debret (1820)
Os poucos desenhos e pinturas do Valongo mostram que os escravos normalmente não ficavam acorrentados. Não era necessário. Primeiro, porque a travessia do Atlântico, nos porões dos navios negreiros, era extenuante e eles desembarcavam desnutridos e doentes. Uma vez no Valongo, não tinham forças para tentar fugir. Depois, porque desconheciam a nova terra. Caso conseguissem escapar, não saberiam para onde correr nem onde se esconder. E, por fim, porque sabiam que se fugissem e acabassem capturados seriam impiedosamente dastigados. Curiosamente, a impressão incial que se tinha ao chegar ao Valongo era a de um lugar alegre. Os negros que ficavam expostos do lado de fora das lojas fazima batuques, batiam palmas, cantavam e dançavam os ritmos da África. Para os observadores desavisados, eles estavam felizes porque haviam saído do inferno que eram os navios negreiros. A impressão de alegria era ilusória. Na realidade, eles eram forçados pelos comerciantes, sob a ameaça de varas e chicotes, a exibir vitalidade. Dessa forma, valeriam mais.

Ruínas do Mercado do Valongo - Rio de Janeiro

Antes da abertura do Valongo, os navios negreiros desembarcavam sua carga na atual Praça Quize, no centro do Rio, justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da colônia. Com o tempo, os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas degradantes do mercado de escravos. O cais do centro continuou funcionando depois da criação do Valongo, mas em mercadorias humanas. Portos do Nordeste também recebiam africanos, mas nenhum teve tanto movimento quanto o Valongo em seus 73 anos de funcionamento oficial. Após a proibição da importação de escravos, o cais seguiu recebendo cativos clandestinamente por alguns anos. Em 1843, as autoridades aproveitaram a chegada da mulher de dom Pedro II par erguer o Cais da Imperatriz em cima do Valongo. "Foi uma forma de apagar da cidade aquela chaga vergonhosa", afirma Tania Andrade Lima, a arqueóloga que conduz as escavações.

Fonte: Revista Veja, edição 2230, ano 44, nº 33, 17 de agosto de 2011, p. 126 e 128.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A difícil arte de viver em comunidade


Desde a infância, começamos a aprender como conviver bem com os outros. Em nossos lares descobrimos que para se conseguir conviver bem com as pessoas à sua volta é preciso antes de tudo respeitar o direito do outro, independente de quem ele seja, se um filho, um irmão, um amigo ou um vizinho.

A regra é antiga e clara: nosso direito termina onde começa o do outro. Assim, por exemplo, eu posso fazer uma festa e ouvir música alta, desde que as outras pessoas, que também a estiverem ouvindo, gostem de som alto e do estilo da música. Nesse momento, é bom pensarmos nos nossos vizinhos e não só naquele que se encontra no mesmo ambiente onde a música está tocando.

Se vivêssemos como ermitões, não precisaríamos nos preocupar. Porém, como vivemos em comunidade é um pouco diferente. Precisamos aprender a agir de forma a não prejudicar o outro. É importante, também, nos acostumarmos a tratar a todos educadamente.

As leis tratam de assuntos mais graves, tais como matar e roubar. Porém, todos têm outros direitos além do direito à vida e à suas propriedades. Quando falamos de vida precisamos incluir o machucar o outro e não só matar, portanto ninguém tem o direito de bater em outra pessoa. E quando falamos de propriedade é bom lembrar que estragar de qualquer forma, aquilo que não é seu, inclui, por exemplo, pichar um muro, arranhar um carro, e várias outras coisas.

Também é preciso que tratemos os outros não da forma que queremos ser tratados, mas sim da forma que eles gostariam de ser tratados. Pode ser que o gosto dos outros seja diferente do nosso.

Se possível, procure seguir algumas regras de boa convivência no seu dia a dia:

• Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço.
• Por falar nisso, não compre briga porque sai caro.
• Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente cruza com amigos na rua, porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do encontro.
• Seja alegre e comunicativo. Um “bom dia”, um “alô” custa pouco e rende muito.
• Seja simples e modesto. Se você possui qualidades “notáveis”, cedo ou tarde as pessoas notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições.
• Seja um bom conversador deixando com que os outros falem mais.
• Procure ouvir as pessoas ou avaliar a situação antes de emitir um julgamento.
• Interesse-se pelos outros. Só assim eles acharão você interessante.
• Tenha coragem para assumir decisões. Principalmente assuma o que fez.
• Assegure-se que as informações sejam claras, completas, transparentes e bem recebidas pelo outro.
• Compreenda que as pessoas que pensam de outra forma, estão sinceramente convencidas de que o errado é você.
• Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso.
• Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de “salvar a sua vida”.

Para concluir, deixo mais uma dica: pergunte-se: como você gostaria de ser lembrado quando não estiver mais aqui? O que dirão de você? Pense no que disse Chico Xavier: Comece, hoje, a escrever um novo roteiro para sua vida, porque se não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, podemos começar, agora, a fazer um novo fim.

Por Sonia Jordão
Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e consultora organizacional. Autora do livro: “A arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos romances corporativos: “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo” e "E agora, Lívia?

domingo, 14 de agosto de 2011

Literatura de Cordel


Literatura de cordel ou cartilha com rima

A literatura de cordel surgiu na metade do século 19, no Nordeste, para relatar ao sertanejo iletrado os mitos da cultura local e de fora, de forma épica, cantante e fácil de decorar por quem não sabia ler. Os poemas eram publicados em folhetos e, normalmente, ilustrados com xilogravura. Os cordelistas recitavam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também faziam leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

A literatura de cordel nordestina é uma manifestação da cultura popular tradicional, também chamada de folheto ou romance. Nascida no interior do nordeste, espalhou-se por todo o país, pelo processo migratório do sertanejo-nordestino. De conteúdo muito diverso, essa literatura oral que abrange inúmeras modalidades, comemorou cem anos no Brasil. O folheto é a forma tradicional de impressão. As capas, geralmente são feitas em xilogravura.

É uma difícil tarefa classificar os temas do cordel, devida à grande quantidade e variedade de assuntos abordados pelos poetas populares. Os temas envolvem histórias fantásticas, fatos jornalísticos, etc. Praticamente qualquer assunto pode virar versos nas mãos de um poeta habilidoso.

O cordel só toma vida quando dito. E que seja sempre bem dito. Falado, cantado ou interpretado, não importa. Diga um verso de cordel e comprove. É impossível ler um cordel em “voz baixa”. Solte a voz, a emoção e o corpo. A literatura de cordel foi muito vendida em feiras do interior do nordeste. Claro que o poeta deveria utilizar de muita expressão e energia para fazer com que sua história ficasse muito interessante para convencer seu público a comprar seu folheto. 
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Horta da escola fornece parte da nossa alimentação.

 


 
A horta da Escola Municipal Genildo Miranda produz legumes e verduras sem a utilização de qualquer tipo de herbicida.A horta é fruto de um projeto desenvolvido pela escola onde a “Alimentação Saudável” é objetivo maior. O aproveitamento dos resíduos orgânicos como adubo na horta dispensa o uso de qualquer produto químico. Alface, berinjela, cebolinha, cenoura, coentro e tomate são aproveitados na merenda escolar todos os dias.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O texto atende as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme a Lei nº 10.639/03-MEC.


O ESCRAVO NO RIO GRANDE DO SUL

Autor: Leandro CHH


Para a historiografia sulina durante décadas o escravo africano inexistiu, sendo esse um consenso entre os historiadores a pouca importância que teria tido o escravo na formação do Rio Grande do Sul. Avaliavam ser o homem livre o fator preponderante na formação de nosso Estado.
Acreditavam que os escravos eram pouco utilizados, e quando se falava neles era para ressaltar que aqui, se houve escravismo, ele foi paternal, benigno. Pelo conceito vigente acreditavam que havia sido pequena a contribuição de sangue africano na etnia rio-grandense. Diante desses fatos cria-se então o difuso mito da Província libertária, obra do braço livre, inocente, ou quase, da pecha da escravidão. Mas os primeiros escritos sérios sobre o assunto irão provar o contrário. Participando do amplo movimento da década de 30, que reiniciará o estudo mais sistemático da “africanologia” brasileira, aparecerão os primeiros trabalhos do advogado Dante de Laytano que procurará, nos documentos, relatos e mapas estatísticos do século XVIII e XIX, o traço da passagem da escravidão pelo Rio Grande do Sul. Tece duras palavras sobre a benignidade do tratamento aos escravos, pois enquanto os negros estavam no pastoril do Rio Grande tiveram um tratamento mais humano, mas ao habitar a senzala dos granjeiros ou as charqueadas esse tratamento foi modificado pelas chicoteadas do feitor e pela barbárie escravagista.

Na verdade, a história do escravo no sul está, ainda, por escrever-se. Isso deve-se a resistência dos historiadores gaúchos a escrever a história como ela é, pois tornará pouco simpático os heróis aparecerem como senhores-de-escravos. Junta-se a esse problema a raridade das fontes históricas, pois muitas foram propositalmente destruídas. A saga do escravo no Rio Grande do Sul não deve ser esquecida, pois ali nas fétidas e úmidas senzalas das charqueadas, nos suicídios do escravo desesperado, no negro aquilombado, nas tentativas de fuga e insurreições está o passado do nosso povo.

No fim do século XVII, Portugal funda a Colônia de Sacramento e uma das mercadorias procuradas que mais chegavam à mesma colônia era o negro. Era um gigantesco mercado de mão-de-obra servil devido a sua posição geográfica que facilitava tanto o recebimento como a distribuição pela região. O comercio com o homem escravizado será uma realidade cotidiana na Colônia. Outra atividade importante para a Colônia de Sacramento além do contrabando era o couro, sebos carnes salgadas e os escravos africanos como citados anteriormente. A caça ao gado da Banda Oriental, pelo seu couro, será permanentemente, um dos pilares econômicos da Colônia. Conseguindo o couro, era ele secado e exportado para o Brasil, ou para o exterior.

Com a abertura do ciclo mineiro, com o descobrimento dos campos auríferos em Minas Gerais. As “vacarias” do sul serão agora valorizadas não somente pelo couro que se podia extrair. O gado vale como animal de carga, como fonte de suprimento.
Nos primeiros anos do novo século, começarão a descer, em direção ao sul, tropeiros vicentinos em busca do valorizado e abundante gado. Isso possibilita a fixação do homem: as primeiras “estâncias”, os primeiros povoados. A ocupação do sul, que vinha dando-se em função da Colônia de Sacramento, torna-se independente desta, toma uma razão em si. Mas isso não significa que a ocupação do Rio Grande do Sul tenha-se dado baseada essencialmente sobre o braço livre. Mesmo sendo obvio que a caça ao gado selvagem não se combinava com o trabalho compulsório. Os peões que trabalhavam na courama eram senhores de seus destinos, pois se encontravam com boas montarias e armados. Coisas que não se encaixavam com o homem escravizado. Alguns escravos que participavam dessas atividades transformavam-se em acompanhantes de seus senhores como guarda-costas e pajens. A escravidão era meramente jurídica.
A abundância de mão de obra para estas atividades estava relacionada com a dificuldade de obter terras e o orgulho impedia os colonos de competir com os escravos índios e negros pela agricultura, pois isso os faria manchar a honra espanhola. O negocio do gado era diferente. Era “Sport”, não trabalho. O mesmo era válido para o lusitano. Desse modelo social nasce o gaudério, changador ou gaúcho. Em regra homens de má índole, vagabundos e fugitivos. O gaúcho foi parte fundamental de nossa história que esqueceu do eterno presente : o escravo. Embora, até quase o início do século XIX não tivéssemos um regime social de produção escravista a presença do homem escravizado era constante e significativa. O nosso território começa a ser ocupado durante um período aonde a sociedade brasileira esta toda alicerçada sobre a exploração do trabalho servil. A posse de um escravo significava status social.

A presença do escravo em nossas primeiras estâncias e algo pouco estudado, mas seu papel importante esta presente na analise de mapas estatísticos da Capitania. A agricultura ocupará, também, nesses primeiros anos o braço escravo. Não o fará porém com exclusividade. O regime social de escravidão se estrutura com a expulsão dos espanhóis e a fundação da primeira charqueada, ao nível industrial, que teremos uma atividade produtiva de primeira ordem, baseada na exploração do trabalho escravo. Iniciando a introdução sistemática de escravos para a exploração na atividade produtiva.

O ato de charquear era uma pratica artesanal e o próprio peão podia preparar o couro e carneá-lo, estender as carnes. O começo da produção industrial de charque no Rio Grande do Sul deve-se as secas do final do século XVIII, no nordeste que até então era o produtor da carne seca. Desse modo o mercado do produtor; o Rio Grande do Sul o substituirá. O ciclo da charqueada inaugura a definitiva estruturação do escravismo como modo social de produção dominante de uma ampla região de nosso território. As conseqüências e determinação que isso trará para a nossa história não foram, ainda, nem mesmo delineadas.

Por mais de cem anos, a classe economicamente mais dinâmica viverá da exploração direta do trabalho escravo. Teremos então nossas senzalas, feitores, tronco, nossas “casas grandes” e nelas frente a frente, o senhor e o escravo. Pode-se dizer que o limite da jornada de trabalho na charqueada era a resistência física do escravo. A violência na charqueada era extrema, o escravo mau trabalhador era na maioria das vezes castigado e torturado. Era um nodo de coerção muito eficiente para os senhores das charqueadas.


Com a supressão “Legal” da entrada de novos escravos em 1850, pressionado pela marinha inglesa, o império começa efetivamente a reprimir o tráfico negreiro. Teremos porém ainda os desembarques clandestinos. O contrabando de escravos que desembarcaram em Montevidéu no Uruguai era comum até a abolição da escravatura no mesmo.
Outro problema a ser abordado pela historiografia era a origem dos escravos que chegavam ao Rio Grande do Sul, pois no máximo o que aparecia nos registros era o porto em que eram embarcados no continente africano. Para esboçar a origem e tradição histórico-cultural do afro-gaúcho seria necessário dois grandes processos. Identificar as correntes escravistas do continente africano e definir suas conexões com o nosso tráfico.

O escravo era ensinado a obedecer e acreditar na superioridade de seu senhor. Porém incessantemente, o escravo resistiu. Quando resiste e retoma das mãos do senhor sua vida, reassume sua essência, é homem. O ápice da resistência ao escravismo foi a insurreição mesmo rara e os quilombos, sociedades livres para homens livres. Eram insurgências sociais, coletivas. De modo individual o escravo, fazia corpo mole, fugia, ajustiçava eu senhor e sua família, feitor e o suicídio como o limite máximo da busca por liberdade. O suicídio será uma constante na história do escravismo. As concepções religiosas africanas, a brutalização e desumanização a que era lançado, as duras condições de sua vida, tudo apontava ao suicídio como possível alternativa. Podia assumir esse ato proporções verdadeiramente endêmicas. O suicídio não era só um perda
material, mas uma sansão moral.


A fuga de escravos para alcançar liberdade era comum, pois fugiam para aquilombar-se em um retirado ermo, para construir uma cabana afastada no campo, para procurar um novo senhor. No Rio Grande do Sul fugia em direção a fronteira castelhana, raia da liberdade. A fuga do escravo atravessará toda a história do escravismo gaúcho. A mais comum era a fuga para a constituição de “quilombos”. O escravo não só procurava conquistar sua liberdade através da fuga. São constantes, na documentação do Império, referências a insurreições ou tentativas de insurreições servis. As conspirações libertarias dos escravos gaúchos, no entanto,foram sempre reprimidas antes de eclodirem. E isso não era de estranhar devido a várias barreiras como: comunicação, línguas distintas, repressão e delação entre outras. O envelhecimento da escravaria, a escassez crescente de braços servis, assim como outros fatores, obrigou aos senhores-de-escravos a procurarem outro tipo de trabalhador para suas fazendas, plantações, etc. A escravidão no Brasil, prolongou-se até o apodrecimento.
O apego constante dos historiadores gaúchos, em manter sob sua tutela a presença imaculada dos heróis de nosso estado tem impedido que a luz de fatos que construíram nossa sociedade atual venham a tona. Protegendo os heróis de receberem também o titulo de senhores-de-escravos, estão obstruindo o avanço do nosso encontro com nossas origens.
No decorrer do texto o autor demonstra uma clara preocupação em situar o leitor dentro do contexto internacional e nacional que levaram a escravatura no Rio Grande do Sul e de forma objetiva demonstra o uso do instrumento servil desde o inicio da colonização no Estado. A única mudança foi devido à maior necessidade de produção e capital com a vinda das charqueadas. Com as charqueadas os escravos começaram a trabalhar como máquinas em uma linha de produção, sendo cobrados para trabalharem mais por muito pouco (custo-benefício). Para que desse modo seus senhores viesse a lucrar muito.
Podemos observar que o escravo era um objeto de uso para seus senhores, pois se ficasse desgastado (muito doentes e velhos) depois de muito trabalho eram substituído como um maquinário obsoleto por um mais atual, no caso um negro mais jovem.
Mas pior que a escravidão é alguns historiadores terem o interesse de excluir esse evento dos anais da história de nosso Estado. Isso é como se mantivéssemos escravizados até hoje todos os escravos que aqui em nosso Estado chegaram e com sangue ajudaram a construir nossa economia e desenvolvimento.
Diante de todos os fatos presentes no texto fica clara a luta permanente do humano de pele negra procurando constantemente a liberdade, pois é um grito presente dentro da própria alma do individuo. Essa luta estava presente nas fugas mesmo que sem rumo, nos quilombos como uma luta organizada de estabelecer uma sociedade construída por eles e para eles, aonde fossem aceitos. Uma luta que levava a natureza de liberdade presente na alma humana ao extremo, de sentir-se em saída e como última saída à vingança contra seus algozes ou o suicídio baseado em suas crenças na esperança de retornar a sua terra.
A escravidão no Rio Grande do Sul é um exemplo para todo o Brasil e o mundo, um triste exemplo de que na atualidade homens são incapazes de curvar seus diplomas empoeirados há realidade dos fatos, é um exemplo de luta cultural entre o branco europeu imigrante que recebia todo respeito da sociedade e o negro escravo, à quem não sobrava nenhum pouco de respeito na sociedade.

Você quer saber mais?
DACANAL, José Hildebrando; GONZAGA, Sergius (Orgs.). RS: Economia e Política: O Escravo Africano no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Ed. Mercado Aberto, 1979.

sábado, 16 de julho de 2011

Revolução Francesa: esquema e exercícios.

Imagem "capturada" da internet.


A Revolução Francesa pode ser definida como um conjunto (ou série) de acontecimentos que iniciaram em 1789 e seguiram até 1799. Dentro desse conjunto de acontecimentos podemos destacar a Queda da Bastilha, cuja data é comemorada (na França) hoje, 14 de julho.

Abaixo compartilharo um esquema sobre a Revolução Francesa com exercícios a serem aplicados em sala de aula. Vale salientar que o esquema é algo para facilitar (e complementar) a explicação do professor, podendo também auxiliar o aluno na organização das ideias em relação ao conteúdo (a ser) estudado.

Postarei, no post seguinte, uma paródia sobre a Revolução Francesa.


Esquema


REVOLUÇÃO FRANCESA

·         Antecedentes:

Clique para ampliar a imagem.

 
o   França essencialmente agrícola;
o   O clero e a nobreza possuíam enormes privilégios;
o   Governo absolutista do rei;
o   População passando fome e a nobreza no luxo;
o   Sociedade dividida em 3 Estados:


 
o   Ideais iluministas;

·         A Revolução:
o   Crise financeira  ☞    convocação dos Estados Gerais    ☞   membros do 3º Estado lutam por igualdade de direitos.
·         Reivindicações do 3º Estado:
o   Voto por cabeça e não por Estado;
o   Número de deputados do 3º estado igual a soma do número de deputados dos outros Estados;
o   Igualdade de direitos.
·         ✎Tomada da Bastilha (14 de julho de 1789);
·        Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão – Liberdade, Igualdade e Fraternidade;
·         ✎Monarquia Constitucional;
·         Convenção Nacional:
o   Girondinos: representavam o interesse da burguesia comercial e manufatureira;
o   Jacobinos: representavam o interesse da pequena burguesia e das camadas populares;
o   Planície: representavam o interesse da burguesia financeira (banqueiros).
·         Período do terror: Robespierre.
·         Diretório: nova constituição (o poder continuou nas mãos dos mais poderosos e a camada popular foi excluída)

·         Conseqüências:
o   Elaboração de constituições na maioria dos países europeus.
o   Movimentos de independência nas colônias da América.
o   Queda da monarquia absolutista na França.
o   O governo de Napoleão Bonaparte.

 ***************************************************************************
Exercícios
1) Qual era a composição de cada Estado às vésperas da Revolução?
2) O que eram os Estados Gerais?
3) Quais as reivindicações do 3º estado?
4) Qual era o lema da Revolução Francesa?
5) O que foi o Período do Terror?

Para fazer o download desse esquema (sem as imagens), clique aqui
Clicando aqui, você poderá ter acesso a uma prova, resolvida, sobre Revolução Francesa (e Industrial também)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Oito inventores afro-descendentes (negros) que, talvez, você não conheça.

Durante muitos séculos vários inventores descentes de africanos têm contribuído para os campos da ciência, mecânica, negócios e lazer. Um exemplo? Você sabia que a batata-frita foi inventada pelo afro-americano George Crum, chef de cozinha em 1853? Ou que o inventor Philip DowningTambém afro-americano - patenteou a caixa de correios em 1881? Invenções criadas por estas e outras pessoas de origem africana (negra) estão ao seu redor em todos os lugares e em todos os dias. Leia mais e descubra o que estas pessoas fizeram






Lewis Latimer (1848 - 1928)

Invenção: Filamento de carbono para lâmpadas incandescentes.
Depois de servir na Marinha dos Estados Unidos, Lewis Latimer começou a trabalhar para o escritório de advocacia de patentes. Durante seu trabalho no escritório ele foi promovido de Office-boy para o setor interno quando seu chefe reconheceu o seu talento para esboçar desenhos para as patentes. Em 1874, ele co-patenteou um sistema higiênico aperfeiçoado para vagões ferroviários chamados de Closet. Alexander Graham Bell utilizou os serviços de Latimer, ainda jovem, para criar os esboços do projeto para sua mais nova invenção – o telefone. Latimer mais tarde passou a trabalhar para um rival inventor, Thomas Edison e recebeu uma patente para o “Processo para fabricação de filamentos de carbono”, um método melhorado para a produção de filamentos de carbono para as lâmpadas incandescentes. Esta patente levou Latimer a trabalhar na companhia de energia e luz Edison Electric como relator e especialista em patentes.

George Washington Carver (1864 - 1943)

Invenção: Manteiga de amendoim
George Washington Carver nasceu escravo no Missouri. Ele foi inabalável na busca de aprendizado e educação para si. Finalmente se formou na faculdade, quando tinha 30 anos. Carver pesquisou e promoveu alternativas agrícolas para o cultivo de algodão, bem como o amendoim e batata-doce. Descobriu mais de 300 utilizações para o amendoim e centenas de outras para soja, nozes e batata-doce, incluindo a manteiga de amendoim, papel, tinta e óleos. Ele trabalhou como professor agronomia no instituto Tuskegee.

Dr. Daniel Hale Williams (1856 - 1931)

Invenção: O primeiro cardiologista a realizar uma operação com o peito aberto com sucesso.
O filho de um barbeiro da Pensilvânia, Daniel Hale Williams encontrou sua vocação quando deixou de ser aprendiz de sapateiro para aprender medicina. Ele se formou na Escola de Medicina de Chicago em 1883, e foi um dos apenas quatro médicos afro-descendente em Chicago. Em um esforço para combater o racismo institucionalizado que mantinha descendentes de africanos longe das escolas de enfermagem, medicina e na área de atuação, Dr. Williams fundou o primeiro hospital americano afro-americano bem como o primeiro curso de enfermagem direcionado para essa etnia. Foi, também, ele o primeiro cirurgião a realizar com sucesso uma operação cardíaca com o tórax aberto com resultado positivo. O paciente em questão havia sofrido um golpe de punhalada no peito. Após isso se recuperou e viveu por mais 20 anos.

Senhora C. J. Walker (1867 - 1919)

Invenção: Loção de crescimento capilar
Nascida Sarah Breedlov em Delta, Louisiana, Walker superou uma infância de escravidão e abuso. Fundou a CJ Walker Manufacturing Company. Na época não era comum encontrar produtos para o tratamento de doenças do couro cabeludo. Muito comum, pois não existia água encanada e produtos de lavagem (xampu). Foi isso que levou Walker a criar seu próprio produto e perfume. Ela partiu para o corpo-a-corpo. Ia de porta em porta oferecendo sua mercadoria. Teve êxito. Após isso, fundou também uma escola de beleza para mulheres no cuidado do cabelo. Tornou-se a primeira mulher afro-descendente milionária na América.

Lonnie G. Johnson (1949 –)

Invention: O SuperSoaker (brinquedo)
Engenheiro e inventor Lonnie Johnson George fundou sua própria firma de engenharia que acabou sendo comprada pela Hasbro. O SuperSoaker foi o brinquedo mais vendido entre 1991 e 1992 e gerou mais de U$ 200 milhões em vendas no varejo. Além de seu sucesso como um inventor de brinquedos, Johsson também trabalhava para o desenvolvimento de novas tecnologias energéticas, incluindo novos tipos de baterias recarregáveis, usinas de energia solar e geradores de energia térmica oceânica.

Sarah E. Goode (1850 - 1905)

Invenção: Cama dobrável
Sarah E. Good foi a primeira mulher afro-descendente a ter uma patente concedida pela EUA Trades Mark por sua invenção de uma cama dobrável, em 14 de julho de 1885. Liberta ao final da guerra civil americana, Goode se mudou para Chicago e tornou-se uma empresária, dona de uma loja de móveis. Seus clientes muitas vezes queixavam-se que não tinham muito espaço para as camas em seus apartamentos, e assim, com essa idéia Goodie criou um projeto do que hoje conhecemos como cama-dobrável.

Elijah McCoy (1844 - 1929)

Invenção: Lubrificante do motor a vapor
Elijah McCoy era um inventor de Edinburg. Estudou e formou-se engenheiro e adquiriu 57 patentes nos Estados Unidos. McCoy é mais famoso por inventar um lubrificador automático para locomotivas e motores a vapor – como os barcos – e permitiu assim que esses trabalhassem mais rápido. Elijah McCoy é o homem por trás da frase “O McCoy real”, que também quer dizer “A coisa real”. Contam que os técnicos que trabalhavam na manutenção dos trens sempre perguntavam aos vendedores se o dispositivo era o “McCoy real” ou uma cópia fajuta.

Garrett Morgan (1877 - 1963)

Invenção: Máscara de gás
Quando Garrett Morgam tinha quatorze anos, ele se mudou de sua cidade natal no Kentucky para Ohio procurando seu destino. Morgam trabalhou como mecânico de maquinas de costura e acabou abrindo sua própria empresa no ramo, bem como sapataria e outros. Depois de ficar sabendo sobre o incêndio na fabrica Triangle Shirtwaist, Morgam patenteou um “capô de segurança e protetor de fumaça”. Usando esta nova invenção, ele e dois outros homens ganharam reconhecimento nacional, como heróis quando eles ajudaram equipes de resgate de homens presos em uma explosão em um túnel sob o Lago Erie. Ele também patenteou sua própria versão do sinal de transito, mas nunca foi colocado em produção.

Nota[1]: Sei que isso talvez gere alguma discussão, mas decidi manter o termo negro da minha parte por uma razão simples. A palavra não fere em nada a denominação da etnia. Fere como e quando é usada com desdém ou depreciação.


Nota[2]: Como dito, resolvi manter o termo afro-descendente por motivos de fidelidade a tradução. Nos EUA não é comum se referir a uma pessoa negra nesse termo. Ali, como sabem, tudo termina em processo. E o politicamente correto de lá é mesmo afro-descendente. 

Bem, eu o sou negro!
E me orgulho disso.

Fonte: News One.com
Tradução: Tyr
 Texto extraído de:
http://www.blogueirosdobrasil.com/2011/07/inventores-afro-descendentes-que-talvez.html