terça-feira, 30 de novembro de 2010

História e Memória

"(...) a memória não é a história, mas um dos seus objetos e simultaneamente um nível elementar de elaboração histórica"(Jacques Le Goff).
As turmas do 9º Ano Único e o 8º "B" assistiram ao filme Narradores de Javé (2003):


Sinopse

A pequena cidade de Javé será submersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em "documento científico". Decidem então escrever a história da cidade - mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever. Depois disso, o que se vê é uma tremenda confusão, pois todos procuram Antônio Biá, o "autor" da obra de cunho histórico, para acrescentar algumas linhas e ter o seu nome citado. (Fonte: Wikipéia)


Objetivos :

1 - Evidenciar a importância da utilização de fontes como a memória e a história oral na construção do conhecimento histórico.
2 - Verificar como a memória e a história oral podem contribuir na construção da identidade de um povo.
Categoria: Drama
Local: Chapada Diamantina - Gameleira da Lapa, Margem do São Francisco-BA
Duração: 85 min.

O filme nos possibilitou um questionamento acerca do conceito de memória, identidade e preservação do patrimônio cultural (histórico, arquitetônico, imaterial etc), sempre dialogando com a História. Durante o momento da projeção, foi possível os alunos observarem que cada habitante de Javé tem a sua visão particular da história, modelada por suas origens sociais, étnicas, e pelas próprias fantasias, individuais, inerentes ao ser humano.
Cena do filme "Narradores de Javé"

Contudo, Narradores de Javé discute questões ligadas à memoria histórica e suas "verdades", flutuando entre as tradições oral e escrita. Trata-se, aqui, de um deslizamento em direção as interpretações especialmente de um mundo simbólico formando núcleos de resistências, onde a comunidade (ou cidade) ganha vida com seu próprio movimento.

Alunos do 9º e 8º Ano "B"


Componente curricular: História
Público alvo: alunos do 9º e 8º Ano "B"
Tempo de duração: 3 aulas (com questionamentos)


 Prof. Lima Júnior...

DICAS DE PORTUGUÊS - EMPREGO DE ALGUMAS PALAVRAS:

PORQUE / PORQUÊ / POR QUE / POR QUÊ

1. PORQUE é usado introduzindo:

explicação.

Não reclames, porque é pior.

causa.

Faltou à aula porque estava doente.


2. PORQUÊ é usado como substantivo; é sinônimo de motivo, razão.

Não sei o porquê disso.


3. POR QUE é usado equivalendo a:

pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais.

São muitos os lugares por que passamos. (pelos quais)

motivo, razão e causa nas frases interrogativas diretas e indiretas.

Por que você fez isso? (interrogativa direta)

Não sei por que você fez isso. (interrogativa indireta)



4. POR QUÊ é usado ao final da frase interrogativa. O que torna-se tônico, justificando, pois a presença do acento gráfico.


Você fez isto por quê?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

VIII Mostra de Projetos Científicos e Culturais

A garotada tava "afiada"
Muitas escolas visitando nosso stand.
E as visitam continuam.
Professor Alciomar e Elisabeth (Supervisora)
Prefeita Fafá sempre atenta as explicações dos alunos.
Alunas da UERN faziam pesquisa sobre os projetos.
Alunas da UERN ouvindo as explicações da equipe do CICLO DA ÁGUA.
Raiane explicando A Luana Gois (Entre no clima TCM) sobre HIDROPONIA.
Equipe do GOTEJAMENTO COM PET mandou muito bem.
PARABÉNS MEUS AMIGOS, VOCÊS SÃO NOTA 1000!!!

VIII Mostra de Projetos Científicos e Culturais - A Preparação

Todo sacrifício é válido...
ô negocio demorado, fome e sede...
Depois de muita espera o negócio começou a andar, e daí...

SUCESSO!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

QUANDO CHEGA A HORA DE MUDAR?!

Mauro Alexandrino Marciel da Costa*

Ao enveredarmos pelos caminhos da educação nos deparamos como muitos elementos que de uma forma ou de outra nos deixam sem muitas perspectivas de melhorias, visto que no âmbito educacional os problemas são constantes e a apatia do dia-a-dia vai deixando que tudo isso se transforme em algo banal para a sociedade e conseqüentemente para os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

Falar de problemas na educação não é nada atual, ao longo dos anos aprendemos a partir dos exemplos que essa área possui muitos, e, por esse motivo, grande parte dos novos profissionais não querem seguir nessa direção, pois é uma trajetória desgastante, estressante e mal remunerada. Visualizamos perfeitamente que a sociedade mudou, evoluiu, se informatizou, mudou paradigmas, trazendo para os entes sociais novas perspectivas de trabalho, novas relações sociais e um futuro mais competitivo e promissor.

Na educação as mudanças não ocorreram de forma tão rápida. Ainda estamos num processo de adaptação as essas mudanças que de uma forma ou de outra tem chegado ao ambiente educativo e nos posto em prática, em virtude de nossos alunos possuírem anseios, metas, sonhos, bem diferentes de alguns anos atrás. Isso tem deixado o setor educacional refém da modernidade. Esta tem apontado para um caminho e a educação para outro, sendo que esse impasse tem deixado mais resultados negativos do que positivos.

É notório que a educação precisa mudar; tentar se adequar de forma sistemática e rápida a efervescência da sociedade atual, mais esse processo não pode ocorrer de qualquer forma, pois nele estão envolvidos inúmeros elementos entre os quais podemos destacar a presença da família, a necessidade de melhores resultados, os índices de distorção série/idade, entre outros que interferem de forma direta e indireta nos resultados obtidos.

Nesse sentido faz-se necessário que os profissionais da educação desenvolvam posturas mais inovadoras, dinâmicas, que tentem criar uma relação de coesão entre teoria e prática, podendo direcionar essas ações para que possamos de fato conseguir os resultados almejados. A inquietação que o título do texto nos faz é algo que devemos pensar, pois se estamos em um ambiente de mutabilidade, qual o sentido de permanecermos estáticos, esperando que os problemas sejam resolvidos, que a apatia nos faça esquecê-los. Necessitamos de fato de atitudes (ações) coerentes que possam efetivamente transformar o contexto, a sociedade, e, isso só é possível através de uma educação universalizada e acima de tudo de qualidade.

* Mauro Alexandrino Marciel da Costa é Licenciado em Geografia e Especialista em Educação pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, professor efetivo da Prefeitura Municipal de Mossoró, do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Faculdade do Vale do Jaguaribe – FVJ.

SOBRE A INDEPENDÊNCIA...



Charges para Reflexão:


Que tardamos? A época é esta: Portugal nos insulta; a América nos convida; a Europa nos contempla; o príncipe nos defende. Cidadãos! soltai o grito festivo... Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o Senhor D. Pedro I.
(Proclamação. Correio Extraordinário do Rio de Janeiro. 21 de setembro de 1822.)
Caio Prado Júnior, falecido em novembro de 1990, foi um dos mais importantes historiadores brasileiros deste século. No livro FORMAÇÃO DO BRASIL CONTEMPORÂNEO, de 1942, escreveu:
"O início do século XIX não se assinala para nós unicamente por esses acontecimentos relevantes que são a transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil e os atos preparatórios da emancipação política do Brasil. Ele marca uma etapa decisiva em nossa evolução e inicia em todos os terrenos, social, político e econômico, uma fase nova."
Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos.
O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infra-estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações.
PARA REFLETIR:
"A massa popular a tudo ficou indiferente, parecendo perguntar como o burro da fábula: não terei a vida toda de carregar a albarda?"
Saint Hilaire era um botânico francês que, entre 1816 e 1822, viajou pelo Brasil, estudando a flora do país. Estava por aqui quando da ruptura política dos laços coloniais entre Brasil e Portugal, ocasião em que escreveu as palavras anteriores.
(Albarda, segundo o dicionário Aurélio, significa sela grosseira, enchumaçada de palha, para bestas de carga. E também opressão, vexame, humilhação.)


Concluímos este tópico com uma transcrição da Matéria do, Economista, Rodrigo Constantino, publicada no JORNAL O GLOBO de 07/09/2010, na coluna de OPINIÕES, com o título de "REFLEXÕES PATRIÓTICAS".

"No dia de hoje, nada melhor do que fazer algumas reflexões acerca dos rumos do nosso país. O amor à Pátria é um sentimento de união de indivíduos que compartilham uma história, uma cultura e valores comuns.
Ele difere bastante do nacionalismo vulgar, uma forma de coletivismo xenófobo que transforma os indivíduos em simples meios sacrificáveis.
Foi o patriotismo que alimentou a Revolução Americana; foi o nacionalismo exacerbado que levou ao nazismo.
Não podemos falar de patriotismo sem citar nosso Patriarca da Independência.
Sob a influência iluminista, José Bonifácio de Andrada e Silva abraçou os principais pilares da filosofia liberal, compreendendo que a riqueza das nações é produzida pela concorrência e liberdade de empreender, e não pela tutela estatal.
O comércio, livre da opressão de minuciosos regulamentos, seria o responsável pela prosperidade da nação.
Ele foi uma das vozes mais importantes contra os abusos de poder da Coroa portuguesa e a escravidão. O Brasil era cada vez mais explorado como colônia. A independência era crucial. Andrada compreendia o que estava em jogo: “Sem liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode haver moralidade e justiça; e sem essas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força e poder entre as nações.” O Brasil deveria ser um país de cidadãos livres, não de escravos. Infelizmente, deixamos de ser súditos de Portugal, mas nos tornamos súditos de Brasília. O governo central foi concentrando cada vez mais poder à custa da liberdade individual, e o dirigismo estatal poucas vezes esteve tão forte.
Neste contexto, o presidente da Fiesp chegou a afirmar que gostaria de “fechar o país”. Isto remete ao que há de mais retrógrado no pensamento econômico. O mercantilismo beneficia poucos empresários próximos ao governo, enquanto prejudica todos os consumidores e pagadores de impostos. Fala-se em “interesse nacional” para ocultar a simples busca por privilégios e monopólios.
Na nefasta aliança entre governo e grandes empresários, o povo acaba pagando a conta. Basta lembrar a absurda Lei da Informática para ter ideia do pesado custo imposto aos brasileiros por estas teorias ultrapassadas.
O patriotismo pode ser uma arma poderosa contra a tirania. Unidos por um ideal comum de liberdade, os cidadãos representam uma constante barreira às ameaças despóticas. Se mal calibrado, porém, ele pode dar vida ao nacionalismo coletivista, que serve justamente aos interesses dos oportunistas de plantão sedentos por poder. O “orgulho nacional” deve se sustentar em conquistas legítimas, não em fantasias tolas. O verdadeiro patriota não foge da realidade.
Sob a luz da razão, devemos perguntar: qual o motivo para sentir orgulho de nossa trajetória enquanto nação?
Somos recordistas mundiais em homicídios. Nossas estradas federais são assassinas. O transporte público é caótico. A saúde e a educação públicas são vergonhosas. A impunidade e a morosidade são as marcas registradas de nossa Justiça.
A corrupção se alastra feito um câncer.
A cultura do “jeitinho” tomou conta do país e a ética foi parar no lixo. Nossas instituições republicanas estão ameaçadas. Nossa democracia é vítima do descaso e do escancarado uso da máquina estatal para a compra de votos. O Estado, capturado por um partido, pratica crimes contra o cidadão, como a quebra de sigilo fiscal da Receita. E ainda somos obrigados a trabalhar cinco meses do ano somente para pagar impostos! Regado a crédito facilitado e com o auxílio dos ventos externos favoráveis, o consumo crescente atua como um poderoso anestésico contra esta dura realidade. O velho “pão & circo” também faz sua parte. Será que devemos celebrar um time de futebol temido mundo afora, enquanto a miséria domina o país? Será que devemos ter orgulho do “nosso” petróleo, quando pagamos um dos combustíveis mais caros do mundo e vemos a Petrobras ser estuprada pelos donos do poder? A transformação do patriotismo em nacionalismo está em seu auge quando o povo adere ao infantilismo e passa a encarar seu governante como uma figura paterna. Não se trata do respeito por um estadista, mas de uma forma de idolatria ao “pai do povo”, que não pretende governar, mas sim “cuidar” de sua prole ao lado da “mãe do povo”. É a demagogia em máximo grau. Quando se chega a este estágio decadente, a Pátria já não tem muito de que se orgulhar. É chegada a hora de uma nova independência.
Desta vez de Brasília.
O governo foi concentrando poder à custa da liberdade individual"
posted by PROFESSORA MARIA JULIA @ 9/06/2010 11:37:00 AM   (historiajulia.blogspot.com)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Em busca do ethos!

Sakineh Mohammadi Ashtiani

Apesar do processo de industrialização e do avanço da ciência, crenças e práticas culturais tem influenciado as exigências de ordem prática, ética ou moral da vida humana. 
A partir desse pressuposto, é necessário observar que “a cultura promove a sua própria ordenação ao estabelecer normas e regras de conduta que devem ser observadas por cada um de seus membros” (Wikipédia).
Aqui, cabe lembrar o caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, que foi condenada à morte (apedrejamento) por ter cometido adultério (crime grave no Irã).  Será que não podemos ter a liberdade de escolher, de possuir um modo de ser, de agir e pensar diferente daquilo que é imposto pelos padrões culturais? Qual o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade? É aquele que oprime ou liberta?
Assim, é preciso estabelecer um processo de encontros, de inter-relações entre os indivíduos, onde a ética e a moral nos motive ou nos proporcione uma abertura para uma melhor convivência. Que não sejamos “fundamentalistas” a ponto de se curvar a obediência das normas, dos tabus, dos costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos que entravam o nosso modo de pensar e agir em sociedade.
Portanto, os crimes de tortura, assassinato, apedrejamento, enfim, as punições severas sejam classificadas como “bestiais”, ou seja, brutais, estúpidas, feias, repugnantes. Não cabe a nós, legitimar e estimular a barbárie ou os maus-tratos aplicados a grupos humanos, nem tão pouco criarmos  a “ética da dominação humana”.
O caso de Sakineh reforça a submissão, a sujeição, a obediência e a dominação da mulher iraniana ao homem.  Contudo, o desrespeito aos direitos humanos no Irã tem sido criticado tanto pelos próprios iranianos, quanto por ativistas internacionais de direitos humanos, escritores, artistas, intelectuais e ONGs.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), adotada em 10 de dezembro de 1948, estabelece em seu Artigo 1º que:

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

Embora tenham partido pela necessidade de legitimação e manutenção do mando, os homens, no Irã, movidos pela cultura (religião), ampliaram e aceleraram a dominação, selecionando os indivíduos e orientando sua conduta. Assim, não é possível ver a liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.
            Apropriadas por visões preconceituosas que ajudam a perpetuar conservadorismos e discriminações infundadas, é o que tem feito os países árabes em relação às mulheres. Porém, cabe a nós insuflar a vida na palavra, e não excluir às mulheres o direito da liberdade plena sem amarras ou preconceitos.


Por Lima Júnior...

Livro História do RN para iniciantes.

Para entender o presente e planejar o futuro, é essencial conhecer o passado.
A leitura de textos sobre nossas origens é imprescindível para que possamos interagir melhor na sociedade em que vivemos. É conhecendo a origem de um povo que podemos extrair do presente um convívio mais harmonioso e respeitoso.
E não são poucas coisas que marcaram nossa História, por exemplo, poucos ouviram falar sobre os Potiguares e Tarairiús, a Guerra dos Bárbaros, o Sindicato do Garrancho, a Revolta do Quebra-Quilos, a Campanha de Pé No Chão Também Se Aprende a Ler, que a primeira tentativa de Revolução Comunista no continente Americano que ocorreu em Natal através da Intentona em 1935, as Meninas das Covinhas de Rodolfo Fernandes que morreram na seca de 1877, o Messianismo de João Ramalho, o Cangaceiro Romântico Jesuíno Brilhante, que há uma tese sobre ser o Rio Grande do Norte o local da Conquista inicial de Portugal e não a Bahia na colonização do Brasil, que a primeira mulher a ter o direito a votar foi Celina Guimarães Viana e ainda que Alzira Soriano foi a primeira prefeita da América Latina, dentre outras questões, fatos, peculiaridades, curiosidades do nosso povo e da nossa História.
O livro História do RN para Iniciantes, do professor Tales Augusto, é uma obra que se propõe a apresentar nossa História de uma forma lúdica, às vezes engraçada, mas nem por isso descompromissada com a crítica que a História de todo e qualquer povo merece! Relações com o presente, charges, ‘causos’, dentre outras ações figuram para que esta tarefa seja prazerosa.

OBS: 5% da venda do livro será destinada ao GACC (Grupo de Apoio a Criança com Câncer)!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Emancipação Política de Mossoró

Sessão solene lembra Emancipação Política de Mossoró
 
Hoje, oficialmente, se comemora em Mossoró os 140 anos de emancipação política da cidade. As repartições públicas municipais não terão expediente. Para lembrar a emancipação de Mossoró, será realizada uma sessão solene comemorativa ao aniversário do município, às 9h, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado. 

Segundo a Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal, na ocasião, o órgão irá homenagear pessoas e organizações parceiras do desenvolvimento social e econômico de Mossoró, com entrega de medalhas, diplomas e títulos de reconhecimento, de honra ao mérito e de cidadania a representantes de diversos segmentos sociais.


No entanto, apesar da comemoração ser instituída através de uma lei, há controvérsias em relação à data. O historiador Geraldo Maia comenta que, na realidade, há um grande problema com relação à comemoração desse dia, porque, segundo ele, a emancipação política de Mossoró aconteceu em 15 de março de 1852, uma data que nunca foi comemorada. Ele explica que, há 158 anos, em 15 de março, o povoado de Santa Luzia de Mossoró passou à categoria de Vila, através do Decreto Provincial de nº 246, sancionado pelo D. José Joaquim da Cunha, presidente da Província do Rio Grande do Norte. A medida estabeleceu a criação da Câmara, desvinculando-se politicamente do município do Assu, a quem pertencera até então, formando um novo município, sendo elevada a respectiva povoação à categoria de Vila de Mossoró.


Geraldo Maia diz que o episódio nunca foi comemorado em consequência do fato de os festejos em torno do dia 30 de setembro terem sido sempre mais fortes e acabarem englobando as demais comemorações. Então, vários anos depois, em 2004, criaram uma lei para que a data fosse lembrada, mas escolheram para isso o dia 9 de novembro. No entanto, esta não seria a data correta.


O historiador explica que a confusão é decorrente do fato de que naquela época, para que uma região chegasse à condição de cidade, eram necessárias duas etapas. Em um primeiro momento ela teria que passar à condição de vila e, em Mossoró, como já foi mencionado, isso aconteceu no dia 15 de março de 1852, quando ela passou também a ser considerada um município, pois separou-se de Assu e passou a ter os seus próprios governantes. Segundo o historiador, a emancipação é definida, justamente a partir do momento que a localidade adquire sua independência política.


Ele menciona que, 18 anos depois, em 9 de novembro de 1870, Mossoró deixou de ser considerada uma vila e passou a ser considerada cidade. Segundo Geraldo Maia, no ano de 2004, essa data foi escolhida para a comemoração, através de uma lei criada pelo então presidente da Câmara Municipal, Júnior Escóssia. Ele acredita que o autor da lei errou o dia da comemoração, mas comenta que a data é comemorada pelo município por causa da força da lei.


No entanto, só haverá mudança quando houver uma revisão da lei. O historiador informa que já existe um projeto buscando a revisão e, consequentemente, a comemoração em 15 de março.
O autor da lei, o ex-vereador Júnior Escóssia, defende as comemorações da emancipação política no dia 9 de novembro. "A nossa é", diz ele. Ele afirma que o projeto, de sua autoria, foi promulgado pela então prefeita de Mossoró e hoje governadora eleita, Rosalba Ciarlini, com o intuito de não deixar a data passar em branco.


De acordo com o ex-vereador, na época, não foi decretado feriado municipal porque já havia muitos feriados na cidade e os comerciantes também pediram para que o dia não fosse feriado.
Com relação à polêmica em torno da comemoração, ele afirma: "Hoje até a data do descobrimento do Brasil é polêmica", diz o vereador.



Fonte: Jornal Gazeta do Oeste, 09 de novembro de 2010 (www.gazetadoeste.combr)

sábado, 6 de novembro de 2010

Por que jogar xadrez???


Devemos entender jogo como uma atividade que obedece ao impulso mais profundo e básico da essência animal, sendo considerado como um comportamento primário na espécie humana (SCHWARTZ, 2004). Esta atividade tem inicio na vida com os mais elementares movimentos (FREUD, 1923), evoluindo até dominar a enorme complexidade do corpo humano.
Segundo Piaget, os primeiros jogos com os quais a criança tem contato são os chamados jogos de exercício. A transição dos jogos de exercícios para os simbólicos marca o inicio de percepção de representações exteriores e a reprodução de um esquema sensório-motor. Pode-se dizer que o jogo simbólico exercita a imaginação.
Leia mais clicando aqui.

Conheça o Xadrez - Peças e tabuleiro

Elementos do Xadrez
  O tabuleiro de xadrez está dividido em 64 quadrinhos em cores alternadas, que são chamados de "casas".
Tabuleiro de xadrez

Um conjunto de oito casas no sentido horizontal chama-se "Horizontal" 
    
8 casas em sentido vertical, chama-se coluna.

E as casas verticais inclinadas em forma de escada, da mesma cor chamam-se "Diagonal".

Arrumando o Tabuleiro do Jogo
      Ao colocar um tabuleiro diante de si, a casa angular branca ou a mais clara deve estar sempre à sua direita. Siga como exemplo o primeiro tabuleiro apresentado nesta seção.
Os Símbolos
 
BRANCAS
PRETAS
Rei, abreviatura: "R"
Rei - xadrez
Dama, abreviatura: "D"
Dama - xadrez
Torre, abreviatura: "T"
Torre - xadrez
Bispo, abreviatura: "B"
Bispo - xadrez
Cavalo, abreviatura: "C"
Cavalo - Xadrez
Peão, abreviatura: "P"
peão - xadrez


      A figura acima mostra como estas peças ficam organizadas no tabuleiro, sendo esta a única possível, posição inicial do xadrez. 

O Rei
   Como próprio nome diz é o líder de todas as peças, pode ser considerado o jogador no tabuleiro, embora seja a peça de valor infinito no jogo seus movimentos são limitados às casas contíguas a sua posição no momento antes do lance.  As casas que estiverem ocupadas por peças da mesma cor não poderão ser ocupadas por ele. Quando ele está sob xeque, deve-se imediatamente retirá-lo desta situação, existem 3 maneiras para isto:
  1. Retirar o rei da casa sob o raio de ação da peça atacante;
  2. Colocar uma peça da mesma cor do rei atacado na frente do raio de ação da peça atacante (isto é impossível quando a peça atacante é um cavalo!);
  3. Eliminando a peça atacante;
     Não existe uma forma melhor para o jogo todo, dependendo do caso, um modo poderá ser melhor que a outro.
    O rei é a única peça que não pode atacar por si só, ele nunca poderá ir para uma casa sob o raio de ação do rei adversário, portanto, o rei pode tomar qualquer peça adversária, menos o rei inimigo.
    Se o rei se movimentar antes do roque, não será possível mais fazer o roque. 

A Dama

movimentos da dama de xadrez
   A dama tem a movimentação mais poderosa de todas as peças do jogo, ela se desloca em qualquer direção, seus movimentos podem imitar quase todas as peças do jogo. A única peça que não pode ser imitada pela dama é o cavalo, a dama também não pode "pular" peças como o cavalo.
    A dama captura peças adversárias na direção a qual se locomove, aliás, quase todas as peças fazem isso , a única exceção é o Peão.
    No passado era conhecida como rainha mas para não complicar a nomenclatura R de rei seu nome foi mudado para dama. 

O Bispo

     O bispo pode movimentar-se a partir de um número qualquer que diz respeito às casas, ou seja, sempre em sentido oblíquo. Ele corre ao longo das diagonais. O bispo, marcha então sempre nas casas da mesma cor, seja através das diagonais brancas ou pretas.
    O bispo do rei branco sempre anda somente em diagonais brancas, o bispo da dama branca sempre anda somente em diagonais pretas, já o bispo do rei preto sempre anda em diagonais pretas e o bispo da dama preta sempre anda em diagonais brancas. 

O Cavalo

   O cavalo é a única peça que pode pular qualquer outra peça, aliada ou adversária. O seu movimento é diferente de todas as outras peças do jogo de xadrez, ela se movimenta em "L", isto é, obrigatoriamente duas casas em horizontal e uma em vertical, ou uma em horizontal e duas em vertical sempre alternando casas brancas para pretas e vice-versa. Captura como se movimenta.
    Observe que se ele estiver no canto do tabuleiro, exemplo: casa a1, só poderá se movimentar para duas casas: c2 ou b3 portanto não é saudável colocá-lo nas "bordas" do tabuleiro pois seus movimentos ficam muito limitados transformando-se em uma presa fácil.
    Para um principiante não parece, mas o cavalo consegue andar em todas as casas do tabuleiro. 

A Torre

    Seus movimentos são bem simples, desloca-se na horizontal e na vertical, pode ocupar qualquer casa do tabuleiro nestas direções, pelas fileiras e colunas.
    É considerada uma peça de relativo poder, mas no início do jogo está no canto do tabuleiro.
    Se qualquer torre se movimentar antes do roque não será possível fazer o roque com a torre que se movimentou, se as duas se movimentarem, não será possível mais fazer o roque. 

O Peão

    Seu nome já diz tudo: peão. É o operário do xadrez, as vezes inofensivo, as vezes decisivo e mortal, principalmente quando ele é coroado. O peão tem vários movimentos, quando está na sua posição inicial (linha 2) pode dar um ou dois passos, depois disso só poderá dar um passo de cada vez. Só se move para frente e só pode tomar peças adversárias nas diagonais na direção onde ele se move. É a única peça que não captura na direção em que se move.
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     Outro movimento do peão está ligado ao direito de andar duas casas inicialmente, se houver um peão adversário colocado na 4ª casa de uma coluna paralela, este poderá tomá-lo ao passar (en passant ou al passo), veja acima, é como se o peão que andou duas casas, tivesse andado uma casa só, mas isso só poderá ocorrer no lance seguinte ao duplo-passo depois perde a validade.
    Quando o peão chega a 8ª casa, automaticamente é promovido ou coroado em uma peça ao critério do jogador, só não poderá ser o rei. Geralmente se transforma na dama só porque é a peça mais forte. Tudo bem se o jogador ficar com duas ou mais damas no tabuleiro e isso também se aplica as outras peças: três ou mais cavalos, bispos e torres.