Soldados da Força Expedicionária Brasileira - FEB |
• SEGUNDA GUERRA:
Mossoró também comemora
Paulo Sérgio Freire
Da Redação
Comemora-se hoje, dia 8 de maio, após 66 anos, a vitória brasileira na 2ª Grande Guerra ocorrida na década de 40. Ontem, no Tiro de Guerra um almoço serviu para registrar o fato que contou com a participação de mais de duzentos mossoroenses, sendo que dez deles lutaram na Itália na batalha de Monte Castello em 1945. O fato é até hoje comemorado e registrado na memória fotográfica e textual existente no Museu Expedicionário João Medeiros Marujo, localizado na sede do TG, em pleno Centro de Mossoró.
As aventuras de mossoroenses numa Europa em guerra têm início em 1942, a cidade ainda era um pequeno e tranquilo vilarejo - com exatos 10.200 habitantes, tranquilidade que seria quebrada com a eclosão da 2ª Guerra Mundial e a entrada do Brasil na batalha. Naquele ano, o país depois de um período de indefinição entre apoiar os chamados Aliados (liderados pelos Estados Unidos) e os países do Eixo (formado pela Alemanha de Hitler e ainda Itália e o Japão), optou pelo apoio à posição Norte - Americana fazendo o Brasil entrar em definitivo na 2ª Guerra Mundial.
Em Mossoró, o então prefeito Padre Mota, seguindo ordens do Governo Brasileiro, passou a convocar todos os jovens maiores de 18 anos a "engordarem" o corpo militar do país. "Ele (Padre Motta) consultava o livro de batismo das Igrejas e observava quem tinha a maior idade, depois era feita a convocação", conta José Maria de Medeiros - presidente do Museu dos Ex-Combatentes de Mossoró. José Maria, que conheceu as histórias da 2ª guerra, através de seu pai, o "marujo" João Medeiros, agricultor do Sítio Hipólito - zona rural da cidade e um dos dez mossoroenses que integraram a Força Expedicionária Brasileira (FEB). "Foi realmente uma aventura perigosa. A maioria das pessoas de Mossoró daquela época trabalhava na agricultura ou na fábrica de óleos Alfredo Fernandes. A cidade não contava com destacamento militar", conta.
Com a convocação, segundo seu Medeiros, os homens eram levados para Natal, onde passavam por um treinamento básico de 90 dias e de lá embarcavam de navio com destino ao Rio de Janeiro - então capital do país, com o objetivo de serem incorporadas as tropas de combate.
COMBATENTES
Inicialmente, os mossoroenses passaram a integrar o 16º RI (Quartel antiaéreo e de vigilância) localizado em Natal. Já os dez que viajaram para Itália com a chegada ao Rio passaram a fazer parte do 2º Batalhão de Infantaria e Engenharia. Na lista dos ex-combatentes estavam João Medeiros (marujo), Antônio Alves Bezerra, Francisco Jacob de Santana, João Ferreira de Melo, Manoel Reinado da Costa, Aldo Ribeiro de Souza, José Benjamim, Pedro Nobre de Medeiros, Pedro Câmara e Major Gutemberg.
Mossoró também comemora
Paulo Sérgio Freire
Da Redação
Comemora-se hoje, dia 8 de maio, após 66 anos, a vitória brasileira na 2ª Grande Guerra ocorrida na década de 40. Ontem, no Tiro de Guerra um almoço serviu para registrar o fato que contou com a participação de mais de duzentos mossoroenses, sendo que dez deles lutaram na Itália na batalha de Monte Castello em 1945. O fato é até hoje comemorado e registrado na memória fotográfica e textual existente no Museu Expedicionário João Medeiros Marujo, localizado na sede do TG, em pleno Centro de Mossoró.
As aventuras de mossoroenses numa Europa em guerra têm início em 1942, a cidade ainda era um pequeno e tranquilo vilarejo - com exatos 10.200 habitantes, tranquilidade que seria quebrada com a eclosão da 2ª Guerra Mundial e a entrada do Brasil na batalha. Naquele ano, o país depois de um período de indefinição entre apoiar os chamados Aliados (liderados pelos Estados Unidos) e os países do Eixo (formado pela Alemanha de Hitler e ainda Itália e o Japão), optou pelo apoio à posição Norte - Americana fazendo o Brasil entrar em definitivo na 2ª Guerra Mundial.
Em Mossoró, o então prefeito Padre Mota, seguindo ordens do Governo Brasileiro, passou a convocar todos os jovens maiores de 18 anos a "engordarem" o corpo militar do país. "Ele (Padre Motta) consultava o livro de batismo das Igrejas e observava quem tinha a maior idade, depois era feita a convocação", conta José Maria de Medeiros - presidente do Museu dos Ex-Combatentes de Mossoró. José Maria, que conheceu as histórias da 2ª guerra, através de seu pai, o "marujo" João Medeiros, agricultor do Sítio Hipólito - zona rural da cidade e um dos dez mossoroenses que integraram a Força Expedicionária Brasileira (FEB). "Foi realmente uma aventura perigosa. A maioria das pessoas de Mossoró daquela época trabalhava na agricultura ou na fábrica de óleos Alfredo Fernandes. A cidade não contava com destacamento militar", conta.
Com a convocação, segundo seu Medeiros, os homens eram levados para Natal, onde passavam por um treinamento básico de 90 dias e de lá embarcavam de navio com destino ao Rio de Janeiro - então capital do país, com o objetivo de serem incorporadas as tropas de combate.
COMBATENTES
Inicialmente, os mossoroenses passaram a integrar o 16º RI (Quartel antiaéreo e de vigilância) localizado em Natal. Já os dez que viajaram para Itália com a chegada ao Rio passaram a fazer parte do 2º Batalhão de Infantaria e Engenharia. Na lista dos ex-combatentes estavam João Medeiros (marujo), Antônio Alves Bezerra, Francisco Jacob de Santana, João Ferreira de Melo, Manoel Reinado da Costa, Aldo Ribeiro de Souza, José Benjamim, Pedro Nobre de Medeiros, Pedro Câmara e Major Gutemberg.
Fonte: Jornal De Fato, 08/05/2011
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