sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz Natal e Ano Novo

Ao longo do ano imbuídos pela correria do dia-a-dia muitas coisas passam destraídas de nossa percepção. Porém o fim do ano se aproxima, o Natal chega e logo começa as expectativas para o novo ano. Muitos acertos, erros, estress, mais o importante é que com garra e otimismo vencemos as berreiras impostas pela vida e nos preparamos para as novas que virão. E com esse espírito de renovação, gratidão e acima de tudo de credibilidade no trabalho realizado por todos nós durante o ano que finda, desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo mais próspero, onde nossos anseios possam ser sanados e nossos objetivos alcançados.
Que o ano de 2011 que se aporoxima possa nos encher de entusiamo para continuarmos nossa missão que é garantir o conhecimento libertador e a capacidade de sonhar nossa e de nossos alunos. Para finalizar não poderia deixar de citar o saudoso Rubem Alves: ""Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."

Um forte abraço!


Prof. Mauro Marciel....

sábado, 18 de dezembro de 2010

SOMOS MARCIANOS

18/12/2010

A busca por vida extraterrestre: "Seríamos todos nós marcianos?"

El País
  • O lago Mono, na Califórnia, onde a Nasa encontrou uma bactéria diferente de tudo o que já foi visto
O lago Mono, na Califórnia, onde a Nasa encontrou uma bactéria diferente de tudo o que já foi visto
Cientistas da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço, a agência espacial dos Estados Unidos) anunciaram recentemente que descobriram um organismo que utiliza arsênico, em vez de fósforo, no seu metabolismo. O geólogo Dirk Schulze-Makuch deu uma entrevista a “Der Spiegel” a respeito dessa descoberta e da probabilidade de que a vida possa existir em outros planetas.

Spiegel: Cientistas da Nasa descobriram estranhas bactérias no Lago Mono, na Califórnia. Os micróbios incorporam arsênico, que geralmente é venenoso para os seres vivos, às suas células. Essas bactérias são oriundas de um outro planeta?

Dirk Schulze-Makuch: Não, essa hipótese pode ser descartada. As bactérias que utilizam arsênico não surgiram independentemente de outros organismos na Terra. Assim como todos os micróbios, elas se multiplicam melhor quando existe uma quantidade suficiente de fósforo por perto. Elas só usam arsênico quando não há fósforo suficiente – mendicantes não podem se dar ao luxo de escolher. As bactérias com arsênico são um exemplo maravilhoso da adaptabilidade dos micro-organismos.

Spiegel: O que essa descoberta significa para a busca por formas de vida inteligente?

Schulze-Makuch: A bactéria que contém arsênico nos ajuda a ampliar os nossos horizontes. Se é possível encontrar organismos tão exóticos aqui na Terra, que criaturas estranhas não poderiam existir em outros planetas? Nós temos que nos livrar dessa ideia de que formas de vida alienígena serão parecidas com aquilo que conhecemos na Terra.

Spiegel: Você pode imaginar que tipo de diferença existiria entre a vida terrestre e as formas de vida extraterrestre?

Schulze-Makuch: A nossa fixação com a noção de que o oxigênio é essencial à vida já é uma ideia limitada. Esse elemento agressivo provoca danos às nossas células na forma de radicais livres. Talvez organismos que habitem outras regiões do espaço tenham encontrado uma alternativa mais suave. Quando nós enviarmos sondas espaciais a outros mundos, devemos esperar o inesperado. A vida é capaz de surgir em qualquer lugar: em mares venenosos ou em nuvens quentes.

Spiegel: E onde as bactérias resistentes ao arsênico viveriam?

Schulze-Makuch: Micróbios comedores de arsênico provavelmente se sentiriam em casa no nosso planeta vizinho, Marte. As condições ambientais marcianas são bastante apropriadas para eles. Dados obtidos por sondas robotizadas que pousaram em Marte podem ser de fato interpretados como evidência de vida bacteriana. No entanto, seria possível que qualquer forma de vida eventualmente encontrada em Marte não fosse realmente alienígena, mas sim um tipo de parente nosso.

Spiegel: Como assim?

Schulze-Makuch: Há quase quatro bilhões de anos, Marte era um planeta bem apropriado à sustentação da vida, dotado de enormes rios e lagos. Naquela época, os primeiros organismos primitivos apareceram na Terra. Essas formas de vida unicelular provavelmente chegaram ao nosso vizinho, o planeta Marte, viajando em meteoritos e se estabeleceram por lá. É possível que descendentes daquelas bactérias primitivas possam ter sobrevivido em rachaduras e frestas do terreno marciano até hoje. E a possibilidade oposta é igualmente fascinante: a vida poderia ter começado em Marte e, a seguir, chegado à Terra em um meteorito. Isso faria surgir a questão: seríamos todos nós marcianos?

Spiegel: Que planeta no nosso sistema solar tem maior probabilidade de sustentar uma forma de vida que contraste significativamente com a vida na Terra?

Schulze-Makuch: O distante Titã, uma lua de Saturno, parece ser completamente diferente para nós. A temperatura na sua superfície é de 160ºC negativos, e a sua atmosfera não contém oxigênio. Em vez de água, os seus lagos são formados de gás natural em estado líquido. Metano cai do céu em forma de chuva, e a paisagem faz lembrar o cenário que se seguiria a um vazamento de petróleo na Antártida. Se descobríssemos vida lá, ela certamente seria completamente diferente da vida como a conhecemos na Terra.

Spiegel: E quais são as probabilidades de que haja vida em Titã?

Schulze-Makuch: Surpreendentemente elevadas! Na ilha de Trinidadee, no Caribe, existe uma reserva natural de asfalto chamada Pitch Lake, que é alimentada por substâncias oleaginosas oriundas da crosta terrestre. É uma atração turística. As condições são parecidas com aquelas de um lago de Titã. A minha equipe e eu recentemente coletamos amostras no local em busca de indícios de vida.

Spiegel: E que resultados vocês obtiveram?

Schulze-Makuch: Para a nossa surpresa, nós encontramos massas de bactérias que transformaram longas cadeias de carbono em metano no lago de asfalto. Ninguém sabe ainda como essas criaturas foram capazes de sobreviver na ausência praticamente total de água. E se considerarmos que tantos micro-organismos sobrevivem no lago de asfalto, isso também deve ser possível em Titã.

Spiegel: Mas isso está longe de se constituir em uma prova.

Schulze-Makuch: É claro que não é prova alguma. Nós teremos um quadro mais claro quanto a isso pela primeira vez quando uma missão feita com uma sonda robotizada explorar Titã. A descoberta das bactérias dotadas de arsênico e das bactérias do asfalto demonstram, no entanto, que quando a vida for descoberta em um outro planeta, ela encontrará uma maneira bioquímica de sobreviver. O único problema é que, infelizmente, nós não sabemos como exatamente a vida teve início na Terra – e muito menos como ela poderia se desenvolver em um outro planeta.

Entrevista conduzida por Olaf Stampf

Fonte: Uol Notícias

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O homem que derrotou a aids

Conheça o hematologista alemão Gero Huetter, responsável pela primeira cura de um paciente com HIV

Nana Queiroz
O médico alemão Gero Huetter, durante entrevista à imprensa no Hospital Charite de Berlim, em 2008, ainda na fase inicial da pesquisa que levou à cura da aids (Michael Kapeller/AFP).

"Ele está curado da aids. Não encontramos nenhum sinal de HIV nele. Normalmente, pacientes infectados por muito tempo possuem HIV integrado ao seu genoma. Nem isso encontramos nele."
Gero Huetter, médico alemão responsável por curar um paciente com aids pela primeira vez na história
Em 1995, o executivo americano Timothy Ray Brown contraiu aids. Foi também nesse ano que Gero Huetter, então graduando da Universidade de Berlim, decidiu entrar para o ramo da pesquisa médica. As duas histórias se cruzariam em maio de 2006, quando Brown, que também sofria de um tipo agressivo de leucemia,  abriu a porta do consultório com a placa: “Dr. Gero Huetter, hematologista”.
Brown estava magro, emaciado e com alguns órgãos já severamente comprometidos. Mas Huetter se lembra de notar no paciente, já nesse primeiro encontro, uma energia e um otimismo acima do comum. Optou, então, por submeter Brown a uma terapia que envolvia quimioterapia e transplante de medula. Mas um transplante especial: o doador da medula deveria possuir uma mutação rara, que eliminava de suas células a proteína CCR5, que permite a entrada do HIV nas células de defesa do organismo. Havia uma possibilidade teórica de que o tratamento destinado à leucemia pudesse ter algum impacto sobre a aids. "Eu não esperava muito da experiência", diz Huetter. "Ela nunca havia sido feita antes, nem mesmo em animais."
Neste mês, após dois transplantes de medula e três anos sem qualquer sinal de HIV no organismo de Brown, o médico anunciou o que parecia estar fora do horizonte médico: a cura de um paciente de aids. Embora esse sucesso em particular não signifique a cura da aids em geral, ela mostra que o HIV pode ser derrotado. Em entrevista ao site de VEJA, Huetter, 42 anos, conta detalhes da pesquisa, comenta o estado do paciente e as expectativas de cura para outras vítimas de HIV.
Como você se sente sendo o primeira médico a curar a aids no mundo? É um sentimento agradável. Foi um trabalho duro colocar todas as peças juntas, mas no final foi um sucesso.
O que permite dizer que o paciente está curado da aids? Não encontramos nenhum sinal de HIV nele. Normalmente, pacientes infectados por muito tempo possuem HIV integrado ao seu genoma. Nem isso encontramos nele. Todas as suas células infectadas foram substituídas pelas células do doador.
Como você conheceu Brown? Ele era um paciente meu desde maio de 2006. Estava muito enfraquecido e com uma leucemia muito severa. Naquele momento, sem tratamento, esperava-se que ele vivesse apenas alguns meses. Com um tratamento convencional, sem transplante, tinha uma chance de 10 a 15% de remissão por um período curto, até a leucemia voltar. A única esperança real de vida para ele era um transplante de medula. Ele era jovem, tinha uns 40 anos na época, então tinha o melhor prognóstico para esse procedimento. Decidimos, então, que o melhor para ele, seria escolher um doador com a mutação do CCR5. A CCR5 é a proteína que permite a entrada do HIV nas células de defesa do nosso organismo. Sem ela, o vírus fica impossibilitado de nos infectar. Cerca de 1% da população mundial possui uma mutação que elimina o CCR5 das células.
Será possível replicar o tratamento em outras pessoas com HIV? Depois de publicar um artigo científico com nossos primeiros resultados, em 2008, recebemos consultas de pacientes de todo o mundo, que sofrem de leucemia e HIV. Para oito deles, fizemos uma busca de doadores compatíveis. Alguns tinham apenas dois doadores, então a probabilidade de encontrar a mutação era muito baixa. Outros morreram antes de o transplante ser feito. E o paciente mais promissor, uma criança, com mais de 100 possíveis doadores, não pode ser curada por esse método porque nenhum deles tinha essa mutação. Algumas vezes as estatísticas falham com você. Agora estamos esperando outros contatos, de outras instituições e hospitais. Qualquer um que se encaixe nessas condições - ser soropositivo e vítima de leucemia - pode falar comigo e eu providenciarei a busca de doadores.
Essa pesquisa pode evoluir para uma cura geral? Sim. Mesmo antes que eu fizesse esse transplante, alguns pesquisadores estudavam a possibilidade de uma terapia genética ou uma medicação para o HIV que bloqueasse essa proteína, imitando a mutação. Agora existe investimento e interesse suficiente nessa linha de pesquisa, e pode ser que ela traga resultado.
Você esperava curar a aids ou foi um feliz acidente? Uma mistura dos dois, na verdade. Eu nunca tinha tentado nenhuma pesquisa com HIV antes disso. Sou um hematologista e trato pacientes com câncer, mas surgiu para mim esse paciente que tinha leucemia e HIV. Foi o momento em que comecei a pensar nessa abordagem. Sabia que havia uma pequena chance de curar a aids, mas não esperava muito da experiência, já que nunca havia sido tentada antes, nem mesmo em animais. Não tínhamos nada a que nos apegar.
Como foi o tratamento? Durante as primeiras sessões de quimioterapia, tivemos muitos problemas, incluindo falha de alguns órgãos. A leucemia é muito agressiva e diversos pacientes morrem nas primeiras três ou quatro semanas de tratamento. Não bastasse isso, Brown era soropositivo, com todos os riscos e problemas que isso acarreta.
Ele sofreu com algum efeito colateral? Sim. No segundo transplante, tivemos uma série de complicações. Ele ainda sofre com elas, especialmente as consequências cerebrais. Ele tem dificuldades de lembrar coisas que acabaram de acontecer. Não acontecimentos de cinco anos ou cinco meses atrás, mas de cinco minutos. Como “onde eu estava indo?” ou “onde deixei minhas chaves?”.
Ele voltará a ter uma vida normal? Sim, uma vida bem normal. Não tem mais restrições. Ele mudou-se para São Francisco, não sabe se em definitivo. Ainda não está trabalhando, mas esperamos que vá se livrar de boa parte dos efeitos colaterais nos próximos anos e voltar à sua rotina. Provavelmente, não fazendo exatamente as mesmas coisas que fazia antes, mas ele encontrará um jeito de trabalhar.

Extraído de Veja online

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Leiam com atenção o texto abaixo.

O que falta no texto?

Sem nenhum tropeço, posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo permitindo, mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo, esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", ou o que quiser escolher. Podemos, em estilo corrente, repetir sempre um som ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?
Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Descobriu?

domingo, 5 de dezembro de 2010

A língua portuguesa!

Um homem rico estava muito mal, agonizando..
Pediu papel e caneta. Escreveu assim:
Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.
Morreu antes de fazer a pontuação.
A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:
"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras.
Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença ..."

2ª Maratona de Matemática - Final

Chegamos ao final da 2ª Maratona de Matemática e com certeza essa foi a mais disputada. No final o Vencedor foi o Aluno Matheus Walisson, aluno do 8º ano B, vencendo a maratona pela 2ª vez.

Parabéns Matheus!!!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010